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sábado, 22 de novembro de 2014

LENY EVERSONG: A PRIMEIRA BRASILEIRA A FAZER SUCESSO NOS STATES SÓ COMO CANTORA

Linda música gravada por Leny Everson, em 1956. Neste vídeo, a brasileira Leny Eversong canta nos EUA, no programa "Sing", em 1957. A música Hezebel" foi a de maior sucesso de sua carreira.
El Cumbachero - Linda música gravada por Leny Eversong em 1956, uma cantora pouca conhecida no Brasil que fez muito sucesso em outros países. E aqui, no especial norte-americano " Sing " de 1957.
"Smile", aqui na voz da brasileira Leny Eversong, foi interpretada por grandes cantores como Nat King Cole, Avril Lavigne, entre tantos e tantos mais, é uma composição de Charles Chaplin e foi tema do seu filme "Modern Times".
"Kalamazoo" - Um dos primeiros discos gravados por Leny Eversong na era do Swing! Esta música composta e gravada por Glenn Miller foi sucesso em 1942, Leny gravou para a gravadora Columbia do Brasil em abril de 1943, com o maestro Anthony Sergi (Totó) e sua orquestra.
"Facination": esta também é uma música gravada pelos maiores cantores e cantoras internacionais. No Brasil, além de Leny Eversong, também a "pimentinha" Elis Regina gravou e fez enorme sucesso.
"Carina", uma canção que Leny Everson canta em  italiano e em português, mostrando, assim =, a sua versatilidade e facilidade em cantar em outras línguas.

Leny Eversong
Hilda Campos Soares da Silva (Santos 1° de setembro de 1920 - São Paulo, 29 de abril de 1984), artisticamente conhecida pelo pseudônimo Leny Eversong, foi uma cantora brasileira famosa pela sua voz potente e por cantar em inglês e francês.
Foi contratada pela R[adio Clube de Santos depois de participar de um programa de calouros infantil, quando tinha 12 anos. Especializou-se em foxes norte-americanos, e, em meados da década de 30, quando foi contratada pela Rádio Atlântica, adotou o nome artístico Leny Eversong, passando a cantar apenas em inglês.
Por volta de 1937, mudou-se para São Paulo, onde trabalhou como "crooner" em boates e cassinos. Teve passagens por diversas emissoras de rádio paulistas e excursionou pela Argentina. Nos anos 50 voltou a cantar músicas brasileiras, e gravou LPs, cantando em vários idiomas. Seu maior sucesso foi o fox "Jezebel" (Shanklin), gravado pela primeira vez em 1952. No final da década excursionou pelos Estados Unidos, onde gravou "Leny Eversong na América do Norte", acompanhada pela Orquestra de Neal Heafti.
Até o final dos anos 60, realizou oito temporadas só em Las Vegas. Gravou em 78 rpm na Continental e na era do LP na Copacabana ("A Voz de Leny Eversong", "Em Foco" e "Ritmo Fascinante") e na RGE ("A Fabulosa", "A Internacional" etc). Nos anos 60, participou de uma montagem da "Ópera dos Três Vinténs", de Bertold Brecht, e depois de um show no Canecão, no Rio.
Muito gorda, com os cabelos oxigenados e uma voz potente de contralto mas com bom alcance nos agudos, ela nunca chegou a ter, no Brasil, a popularidade de uma Dalva de Oliveira ou Ângela Maria. No entanto, Leny impactava as platéias com suas interpretações em vários idiomas.
Foi na segunda metade dos anos 50 que Leny viveu o auge de sua carreira. Foi capa das principais publicações brasileiras e trazia a tiracolo uma invejável agenda internacional – incluindo Las Vegas, Nova York e Paris –, cantando em grandes teatros e cassinos. "Leny foi a primeira brasileira a cantar em Las Vegas apenas por suas qualidades de cantora. A Carmen Miranda foi um caso extraordinário, porque foi para lá depois de fazer cinema. A Leny não. Foi sem filme, sem nada, cantando em inglês", compara a cantora Carminha Mascarenhas.
O maestro Daniel Salinas, que a acompanhou em turnês por Las Vegas e Nova York, é testemunha do estrondoso sucesso que a cantora fez ao redor do mundo, onde quer que se apresentasse. "Ela fez temporadas em Las Vegas, Nova Ypork e Paris, no México e em países das Américas Central e do Sul. Mesmo em lugares em que não era tão conhecida, como a Venezuela, ela tinha um potencial tão fabuloso que, quando cantava, arrasava. Era aplaudida de pé. Naquela época, quase não tinha brasileiro de sucesso fora do país. Pena que ninguém lembre mais dela", lamenta o maestro. Ele afirma que Leny teve a chance de gravar com os melhores músicos, nos melhores estúdios e com arranjos de grandes maestros. "Ela fez tudo que um artista sonharia fazer". De fato, ela gravou nos anos 50 um LP na Coral com a orquestra de Neal Hefti e, na Vogue francesa, um com a de Pierre Dorsey.
Embora os letreiros dos cassinos de Las Vegas a enfocassem como cantora brasileira, muitas vezes ela era vendida como cantora americana, pois apesar de até o final dos anos 50 não falar uma palavra de inglês, cantava sem sotaque graças a seu ótimo ouvido. O cantor Luiz Vieira lembra-se de ouví-la falar dessas armações, às gargalhadas. "A Leny era maravilhosa, de uma humildade e uma simplicidade incríveis. Ela me contava os seus micos do modo mais natural. Ela podia não ter um nível de cultura dos mais lisonjeiros, mas era inteligente demais. Quando ela ia para a Argentina, por exemplo, o empresário dela dizia: ‘Não abra a boca com a imprensa’. Então, só falavam com o empresário. E ela só falava yes, ok, all right. Ela contava isso com muita graça".
Até o final dos anos 60, sua carreira ia bem. Leny participou da primeira montagem brasileira da Òpera dos Três Vinténs, de Brecht, em São Paulo, e de alguns festivais da canção, além de continuar com suas turnês americanas. Mas no início dos 70, começaram as dores de cabeça. Seu marido saiu para comprar cigarros (literalmente) e nunca mais voltou. Foi seqüestrado e desapareceu. Isso marcou tanto a sua vida que todos os artistas entrevistados para essa reportagem fizeram menção ao fato. "Ela ficou quase louca quando o marido sumiu", lembra Luiz Vieira. A cantor Adelaide Chiozzo diz que chegou a consolá-la. Mas o maior apoio à cantora foi dado pelo amigo Agnaldo Rayol. "Quando o marido dela sumiu, ela ficou dias hospedada no meu sítio, em Itapecerica da Serra. Estava muito nervosa. Ela estava meio desencontrada, perdida e eu disse: Venha passar uns dias comigo. Batíamos muito papo. Já nessa época, ela se sentia meio injustiçada, esquecida".
Em 1970, afastou-se da vida artística, aparecendo esporadicamente em programas de televisão e eventos. Mesmo sendo uma figura tão interessante e única no estilo, ela morreu em 1984, no total ostracismo, aos 64 anos, vítima de diabetes.

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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

TONY STEVENS OU JESSÉ TEVE SUA CARREIRA CONSAGRADA COM A MÚSICA "PORTO SOLIDÃO".

Jessé em início de carreira com o pseudônimo de Tony Stevens, interpretando "Flaying High".
"If You Could Remember" foi outro sucesso de Jessé ainda com o pseudônimo de Tony Stevens, ambas gravadas num CS (compacto simples, em vinil).
"Porto Solidão" foi a música que marcou definitivamente sua carreira de cantor, apesar de ter nos deixado ainda jovem, após acidente automobilístico.
Nessa canção "Voa Liberdade" Jessé mostra todo o sei inigualável potencial de voz, bem como a extensão vocal.


O cantor e compositor Jessé Florentino Santos nasceu em Niterói e foi criado em Brasília. Mudou-se para São Paulo, e atuou como "crooner" em boates. Depois, integrou os grupos "Corrente de Força" e "Placa Luminosa", animando bailes por todo o Brasil. Ainda nos anos 70, também chegou a gravar em inglês com o pseudônimo de Tony Stevens, onde fez bastante sucesso com as musicas "Flying High" e "If I Could Remember", música essa que foi regravada com versão em português por Flavio Venturini e Caetano Veloso, entrando até como tema de novelas. Essa música pode ser encontrada no disco "Hits of Brazil", do extinto selo SBT Records. Foi revelado ao grande público em 1980, no Festival MPB Shell, da Rede Globo, com a música "Porto Solidão" (Zeca Bahia/ Ginko), seu maior sucesso, ganhando prêmio de melhor intérprete.

No outro ano, o Jessé, já famoso, chegou a participar do mesmo concurso, e acabou ganhando novamente como Melhor Intérprete, mas com a música "Estrela Reticente", que é uma de suas melhores músicas, onde ele conseguiu mostrar todo o seu potencial de voz.
 Em 1983, ganhou o XII Festival da Canção Organização (ou Televisão Ibero-Americana) (OTI) realizado em Washington, com os prêmios: Melhor intérprete - Melhor canção e Melhor arranjo para "Estrelas de Papel" (Jessé/ Elifas Andreato).
De voz muito potente, no decorrer de sua carreira Jessé gravou 12 discos (com os álbuns duplos "O Sorriso ao Pé da Escada" e "Sobre Todas as Coisas"), mas nunca conseguiu os louros da crítica especializada. Morreu aos 41 anos, no dia 29 de Março de 1993, na santa casa de Ourinhos (SP), após permanecer em coma profundo desde o dia 27, quando sofreu um grave acidente na Rodovia Raposo Tavares, na altura do quilômetro 486, entre os municípios de Assis e Paraguaçu Paulista. No mesmo acidente também estava a esposa do Jessé, a Rosana Kozzer, que estava grávida de três meses chegou a sobreviver, mas perdeu a criança.
Uma imagem aérea do local do acidente foi feita pelo fã Felipe Alves, usando o programa Google Earth, e mostra o local exato do Triste Acidente. Os órgãos do cantor Jessé foram doados, e seu sepultamento foi no dia 30 de março de 1993, quando reuniu familiares e centenas de fãs.
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domingo, 16 de novembro de 2014

TONY ANGELI, UM ITALIANO QUE VEIO FAZER SUCESSO NO BRASIL

"Cuando Me Enamoro" ou "Quando M´Innamoro" foi um dos sucesso de Tony Angeli quando ainda cantava em Montevideo, no Uruguai e depois aqui no Brasil.
"Funiculi, Funicula", tradicional tarantela italiana, foi outro sucesso na interpretação do italiano Tony Angeli.

Tony Angeli, nesta vídeo, interpreta grandes sucessos, como "La Lontananza", "Volare", "Quando M´innamoro" e "Arrivederci Roma".
"Canzone Per Te", sucesso de Roberto Carlos no Festival de San Remo, em 1968, também é interpretado pelo italianíssimo Tony Angeli.

Tony Angeli nasceu na "comune de Rosa", província de Vicenza, no Norte da Itália, onde também deu seus primeiros passos e acordes na arte de cantar e representar. Com apenas 11 anos de idade, Tony Angeli se apresentou pela primeira vez cantando num festival infantil. Após a apresentação Tony Angeli disse que jamais subiria num palco novamente, pois, por se tratar de sua primeira apresentação a ansiedade e a timidez tomaram conta do adolescente cantor.

Ainda adolescente Tony Angeli veio para a América do Sul e seu primeiro destino foi a capital uruguaia, Montevideo, onde passou a se apresentar como "crooner" de orquestra de baile à época.Um fato interessante é que nessa época Tony mostrou que seu talento não era apenas com a música, tornado-se também jogador de futebol profissional no Uruguai.
Tony Angeli, no Uruguai, andava entre o palco e os gramados. Aqui uma das fotos de Tony (no centro entre os agachados).
Lá mesmo gravou seu primeiro disco que o tornou conhecido nos principais países da América Latina, entre eles a Argentina, Chile, Peru, México e Venezuela, lugares onde conquistou fãs e fez muito sucesso devido as grandes colônias de imigrantes e descendentes italianos nesses países.


Tony Angeli já fez parte de eventos conhecidos como "Galas Manzanares", "Discodromo Show", "Torneo de Otoña! e "Programa Jovem" Antes disso, começo do "Álbum de Verano", onde começou com Sílvia Marú e José Maria. Em seguida foi colocado entre os primeiros para os festivais "Festivais In da Canion", em Balneários. Finalizando o evento em Parque Del Plata, o produtos Juan Carlos Solá, obteve um contrato para Tony Angeli em Buenos Aires, onde passou a fazer parte do Grupo "Los Nuevos Del Nueve", espécie de réplica do "Club Del Clan". Depois, em companhia de "Los Cuatro Brillantes" passou para o Peru.

Em 1964, através da gravadora, Tony Angeli foi convidado para vir ao Brasil se apresentar em programas de televisão, sendo o principal o Jovem Guarda, na TV Record, comandado pelo Roberto Carlos, onde Tony era apresentado com grande sucesso nas tardes de domingos. E também fez apresentações no programa do Palhaço Bozo.

Com a gravação de seus discos, então sendo feita no Brasil, Tony Angeli foi contratado pela extinta TV Excelsior, ficando lá durante cinco anos, sempre gravado e divulgando a música italiana, o que o tornou o "maior representante da música italiana no Brasil".

Tony Angeli praticava esportes para manter a forma, entre eles o ciclismo. Certa vez convidou Cidinha Santos para um passeio de bicicleta, seguido de um piquenique. Logo a imprensa falava sobre um possível namoro entre Tony e Cidinha. Mas tudo não passou de fofoca. Cidinha respondeu: "Tony Angeli é meu amigo. Um sujeito formidável. Fico lisonjeada quando me convidam para uma festa ou mesmo um piquenique, que é mais um passeio. Eles me tratam como irmã, gosto disso. Quando eu namorar, há de ser para casar".


Curiosamente um outro programa de televisão despontava nas tardes de domingo, só que agora pela TV Globo, esse programa comandado por Silvio Santos, chamava-se "Os Galãs Cantam e Dançam aos Domingos", onde Tony Angeli era a atração principal, interpretando músicas italianas românticas. Depois disso participou como jurado nos programas de Silvio Santos, então já no SBT, televisão do Sílvio Santos. Com sua fama de galã era convidado para Bailes de Debutantes.

Em 1966 um comercial de TV tinha um trecho da canção "In Itália". O público gostou tanto da canção que passou a procurá-la nas casas de discos, sem resultado. Afinal, nunca havia sido gravada. Ao saber disso Tony Angeli resolveu colocar a bela canção no CD (compacto duplo), que estourou nas paradas de sucesso> foi recordista de vendas.

Em seus shows, Tony Angeli, interpreta os grandes sucessos da música italiana, como: Roberta, All Di La, Dio Come Ti Amo, O Mio Signore, Vollare, Sole Mio, Caruso, Legata a un Granello di Sabia, Dio Come Ti Amo, Una Casa in Cima el Mondo e tantos outros sucessos que marcaram a época de ouro da música italiana no Brasil.

Além do ciclismo e do futebol, Tony Angeli era fâ do esporte de caça submarina. Esporte que ele mesmo afirma: "O mergulho e a caça submarina a entrar em um mundo diferente, cheio de emoções fortes e de belezas". Além dos esportes, Tony tem talento com vinhos. Em sua casa tem uma variada adega com diferentes tipos de vinhos, os quais ele mesmo faz, e às vezes conta com a presença do seu amigo Sérgio Reis para a produção.

Suas apresentações costumam durar mais de uma hora e contam também com piadas e brincadeiras com os que estão presentes à festa e ele não fica restrito ao polco, vai junto da massa de público ou dos presentes em festas. No decorrer da sua carreira criou um público que lhe é fiel até hoje. E ainda hoje continua fazendo apresentações em festas comemorativas italianas e em viagens marítimas.
O jornalista e cronista social Xico Júnior, presidente do Clube dos Amigos de Capão da Canoa, o cantor Tony Angeli e o promotor musical Juan Alberto Rossi, nosso anfitrião em sua casa de Capão da Canoas, nos anos 90.

Seu show é uma ótima sugestão para bailes de casais, noites típicas, festas italianas,  viagens marítimas, entre outras.

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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

RONNIE CORD TROCOU A CARREIRA DE MÉDICO PELA DE CANTOR

"Biquini de Bolinhas Amarelinhas", gravada em 1963, foi um dos grandes sucessos do cantor Ronnie Cord.
Ronnie Cord, que gravou muitas canções em inglês, foi, provavelmente, o primeiro cantor brasileiro a lançar no Brasil o sucesso "Bat Masterson" na língua original.
"Rua Augusta", juntamente com "Biquini de Bolinha Amarelinha", foi outro grande sucesso nacional e que tornaram Ronnie Cord super popular e querido pelo público adolescente dos anos 60.
Como fazia seguidamente, gravou em inglês "Banjo Boy" (Rapaz do Banjo).
"Oh, Carol" foi outro sucesso internacional que constou das gravações em inglês do cantor Ronnie Cord.
"Parabéns, 15 anos" foi outra canção gravada pelo jovem e bem comportado roqueiro Ronnie Cord.
Ronnie Cord ousou ao gravar a versão da canção "Roberta", tornada famosa no mundo inteiro pelo "cantante italiano" Peppino di Capri.
Do rol de músicas de sucesso de Ronnie Cord a canção "Só Eu e Você".
Ronnie Cord teve momentos de romantismo como ao gravar a música "Veludo Azul".
"I´ll Never Fall In Live Again" é outra canção que confirma a tendência de Ronnie Cord gravar canções no original.

Ronnie Cord, nascido Ronald Cordovil, no dia 22 de janeiro de 1943, era natural de Manhuaçu, Minas Gerais. Era filho do compositor Hervê Cordovil. Gostava de de tocar violão e cantar em casa, sempre às escondidas do pai. Quando tinha apenas seis anos seu tio deu-lhe de presente um disco de música "country", interpretadas por Roy Rogers. De tanto tocar o disco acabou aprendendo a letra e a melodia. Já adolescente estudava em Belo Horizonte e pretendia formar-se em medicina, quando foi passar as férias em São Paulo. Acompanhando o pai à gravadora Continental, soube que Betinho precisava de um cantor para gravar um disco. Ronnie gostou da música, mas não chegou a gravá-la, apesar da insistência do pessoal da gravadora.

Seis meses depois, de volta à capital paulista, tendo sido persuadido a gravar "Pretty Blues Eyes" e "You´re Knockin Me Out", apresentou-se no programa de Júlio Rosemberg, diante de uma imensa platéia. Apesar de ser a primeira vez que cantava para outras pessoas a não ser os de sua família, deu conta do recado. Com o fim da Jovem Guarda ainda continuou por algum tempo sua carreira lançando outros discos. Em 1967 Ronnie Cord abandonava, definitivamente, a carreira artística, limitando-se a participar esporadicamente em clubes. Na década de 80 dedicava-se à profissão de publicitário contratado pelas Páginas Amarelas LTB. Pai de três filhos, faleceu aos 42 anos de idade no dia seis de janeiro de 1986, cuja causa até hoje não revelada.

Foi um famoso cantor de música jovem da década de 60, tendo estourado nas "hit parades" de Norte a Sul do Brasil com interpretações como "Itsy  Bitsy Teenie Weenie Yellow Polkadot Bikini", que ele cantava no original e ficou por mais de seis meses na lista dos discos mais vendidos de 1960, valendo-lhe o Troféu Chico Viola do ano, "Biquini de Bolinha Amarelinha", versão em português do sucesso anterior, lançada em 1965, e "Rua Augusta". Em 1961 estreou como compositor com a música "Sandy". Em 1963 foi eleito "Rei da Juventude Brasileira" num concurso realizado pelo programa "Ritmos Para a Juventude". Ronnie Cord, assim, deixou uma grande discografia, muitas delas compostas de versões de canções internacionais dos anos 60.

Em 1959 havia feito um teste na Copacabana Discos, no Rio de Janeiro, e no ano seguinte realizou sua primeira gravação lançada em LP (Long Play, vinil), que reunia vários outros cantores. Quando o programa Jovem Guarda estreou Ronnie Cord já era um nome consagrado. E em 1965 participou do programa Jovem Guarda, comandado por Roberto Carlos, na TV Record, de São Paulo, cantando com seus irmãos Norman e Hervê Júnior nos conjuntos "The Cords" e "Os Cords" e três dos seus quatro LPs foram gravados no idioma inglês.

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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

ED WILSON: O "ÉLVIS PRESLEY BRASILEIRO" POR SEGUIR O ESTILO DO "REI DO ROCK".

"Sandra", versão de "Sorrow", gravada pela Banda "The Merseys", de Liverpool, foi um dos sucesso interpretado por Ed Wilson, provavelmente o primeiro a seguir o estilo de cantar e vestir do "rei do rock´n roll", Élvis Presley.
 "O Carro do Papai", um rock bem ao estilo dos anos 60, fez parte do CS, e no lado "B" a música "Patrulha na Cidade", que você curte nesse vídeo.
Ed Wilson, por imposição da sua nova gravadora RCA Victor, passou a gravar versões de músicas românticas italianas, como "Mas Que Frio Faz" (Ma Che Freddo Fa).
O cantor Ed Wilson, ao longo de sua carreira, transitou por diversos gêneros musicais, como na canção "Morro de Saudade de Você".
Ed Wilson, com o pseudônimo de Barry Dean, gravou alguns temas de novelas para a Rede Globo, como "Love Me More" para a novela "Sem Lenço, Sem Documento", internacional, em 1978.

Edson Vieira de Barros, conhecido artisticamente como Ed Wilson, nasceu no bairro da Piedade, no Rio de Janeiro/RJ e desde menino conviveu com a música, tendo, inclusive, aos 14 anos catado os sucessos de Nélson Gonçalves, Anísio Silva e outros ídolos que eram sucesso na época.

A Família Barros esteve sempre dedicada à arte, principalmente à música. Sua mãe Ealir Silva foi cantora da Rádio Nacional e chegou a ganhar concurso como melhor cantora, porém seu pai, o velho Barros, evidentemente com ciúmes, nunca permitiu que ela seguisse carreira. Seu Barros, por sua vez, foi ator, tendo participações em vários filmes nacionais. E todos os domingos a família se reunia para o famoso almoço dominical, quando a música relava solta.

Edinho, como era carinhosamente chamado pelos amigos, junto com os irmãos Renato Barros e Paulo César Barros, dois monstros sagrados na guitarra e contra-baixo, respectivamente, resolveram formar um grupo, após assistirem ao show de Bill Halley, no programa "Noite de Gala, na TV Rio, em abril de 1958, grupo que não muito tempo depois, se tornou no mais querido da Jovem Guarda: o Renato e Seus Blue Caps", que inicialmente, por iniciativa de Renato Barros, chama-se "Bacaninha do Rock da Piedade". A influência do rock´n roll tomava conta do mundo, a juventude acompanhava a febre do rock, um rumo diferente, uma quase loucura.

Renato, por ser o mais velho, e seguindo orientação do pai, foi nomeado o líder, porém Ed Wilson era o cantor, todo estilo Élvis Presley, ou seja, se sentindo o próprio, deixando o topetão crescer, usando gola alta e jaqueta de couro. Acredita-se que Ed Wilson tenha sido o primeiro a adotar o estilo e o visual do "rei do rock´n roll" Élvis Presley no Brasil. O mais moço deles, Paulo César, em seu contrabaixo acústico (afinava em dó maior), cantava menos. Iniciaram fazendo mímica, haja vista que eram a coqueluche da época e só depois partiram para tocar e cantar ao vivo, onde todo o talento dos irmãos Barros passou a despontar.

Depois de sofrer um pouco, como acontece sempre, o grupo "Blue Caps" começou a ser reconhecido em todo o Brasil, participando, primcipalmente, nos programas dedicados aos jovens. E Carlos Imperial, com seu faro que lhe era peculiar, percebeu o talento do jovem Edinho e, então, falou que ele deveria se destacar e ter seu próprio espaço. Com isso deu corda no "velho" Barros para que Edinho fizesse carreira solo. Ficou no grupo até o final de maio de 1962, quando o próprio Carlos Imperial lhe deu o nome artístico de Ed Wilson. É importante destacar, também, que Ed Wilson sempre participava das gravações do conjunto "Renato e Seus Blue Caps", além de alguns shows da banda, nunca esquecendo suas origens. E em alguns depoimentos declarou que achou sua saída do grupo um pouco prematura.

Foi contratado pela gravadora Odeon e no dia seis de julho de 1962 entrava em estúdio para gravação de seu primeiro disco 78 rpm com as músicas "Nunca Mais", de Carlos Imperial e Paulo Brunner, e "Juro Meu Amor", versão de Carlos Imperial, com acompanhamento da banda "Blue Caps", cujo lançamento aconteceu em agosto do mesmo ano, sob o número 14.813, obtendo relativo sucesso e sendo destaque da Revista do Rádio, então a mais famosa da época, edição n° 678, de 1962, onde Ed Wilson é chamado de "Élvis Brasileiro".

Em 1963, no dia 15 de abril, Ed Wilson entrou em estúdio para a gravação do seu segundo disco, um CD (compacto duplo), com as músicas "Telefonema", de Renato Barros; "Quando", versão de Romeo Nunes; "Eu e Elas", versão de Mário Albanese e "Doidinha por Mim", de Ricardo Galeno. O lançamento aconteceu no mês de maio do mesmo ano, sob o N° 7BD-1059.

Já no fim de 1963 deixou a gravadora Odeon e foi contratado pela RCA Victor, porém não ficou muito satisfeito por ser obrigado a gravar no seu primeiro disco versões de músicas italianas, como "Sabor de Sal" e "Bronzeadíssima", compostas por Hélio Justo. O disco foi lançado em março de 1964 com o N° 6020. Em junho do mesmo ano Ed Wilson lançou um novo CS (compacto simples), sob o N° 6071, com as músicas "Carro do Papai" e "Patrulha na Cidade", composições do seu irmão Renato Barros. Seu último trabalho na RCA Victor foi em abril de 1965, com o CS (compacto simples), número 6136, cotendo as músicas "Doce Esperança" e "Como Te Adoro Menina", composição de Renato Barros, enquanto a última sendo uma versão, que foi considerada uma das mais bonitas interpretações de Ed Wilson.

No dia 22 de agosto de 1965, a TV Record, de São Paulo, lançou o programa que marcaria definitivamente o estilo e gêneros de músicas da juventude dos anos dourados e diamantinos, especialmente: JOVEM GUARDA, sob o comando do cantor Roberto Carlos e a participação de Erasmo Carlos e Wanderléa, seus parceiros musicais. Com o sucesso do programa os cantores jovens começaram a aparecer, fundamentalmente em São Paulo e Ed Wilson foi um deles. Assim, a gravadora DBS levou Ed Wilson para o seu "cast", inclusive Pedro Paulo ("Capa de Revista" e "Mensagem"), Luís Carlos Clay ("Canção da Paz","Fim de Tarde" e a versão "Uma Casa em Cima do Mundo"), Luís Keller ("O Tempo Vai Lhe Convencer", 1967 e "Tenho Raiva de Mim Por Gostar de Você" e "Se Eu Fosse Dono de Você", 1969), entre outros contratados.

Em março de 1966 foi lançado seu único LP (Long Play, N° 37.448) do período da Jovem Guarda, com o título "Verdadeiro Amor", acompanhado pelo grupo Renato e Seus Blue Caps, do qual se destacaram as faixas musicais: "Sandra", versão de Gileno; "Se Você Quer", versão de Lílian; "Vou Partir", versão de Renato Barros, disco em que gravou uma composição sua: "Não Sei Porque". Depois desse LP só conseguiu lançar compactos e fazer participação de coletâneas em "As 14 Mais". Conforme o próprio Ed Wilson faltou-lhe agressividade em termos de mercado em razão do seu envolvimento com os muitos shows e pelo próprio traço de sua personalidade de não ser muito ambicioso, pois o que estava vivendo lhe parecia que era suficiente.

A morte do seu pai, no final de 1967, o afetou muito, porque era ele quem cuidava pessoalmente da sua carreira, porém, há quem garanta que foi sabotado na gravadora CBS. Em termos de compactos e participações nos discos "As 14 Mais", despontaram muitas músicas como: 1967 - "Saudade", versão de Lisna Dantas; "Sem Seu Amor" e "Amigo da Onça", ambas do seu irmão Renato Barros; 1968 - "E Morro de Saudades de Você", de Luiz Ayrão e Marcos Torraca; 1969 - "Se Ela Não Serve Prá Você, Também Não Serve Prá Mim", de Raulzito (Raul Seixas); 1970 - "Mas Que Frio Faz", versão d Leno e 1971 - "Ela É Minha", versão de Rossini Pinto. Gravou, ainda, dois duetos com  a cantora Diana, inseridos nos álbuns "As 14 Mais": 1971 - "Carinhoso", de João de Barro e Pixinguinha e em 1972 - "Quero Saber", versão de Rossini Pinto, ambas com produção do cantos e compositor Raul Seixas.

Antes de deixar a CBs, no final de 1970, gravou em inglês com o pseudônimo de Barry Dean para trilhas de novelas da Rede Globo, quando obteve sucesso com a música "Love Me More", que foi trilha sonora internacional da novela "Sem Lenço, Sem Documento", em 1978, drama escrito por Mário Prata com direção de Régis Cardoso e Dênis Carvalho. Além disso, fez muitos shows cantando sucessos internacionais na época da fase de Os Pholhas, Chrystian, Morris Albert, Michael Sullivan e tantos outros brasileiros que adotaram pseudônimos inglês. Teve, também, uma investida como produtor, quando trabalhou com Jerry Adriani, Sidney Magal, Peninha, Lílian, César Sampaio, principalmente na gravadora Polydor, a convite de Roberto Livi, onde produziu em Los Angeles e Miami.

Em 1981 gravou um CS (compacto simples) Gemini, N° RR-1719, com as músicas "Com Que Direito" e "Quem É Você", de sua autoria em parceria co m Cury e produção de Livi. Nesse período fez memoráveis composições e é importante esclarecer, ainda, que na fase da Jovem Guarda compôs para Renato e Seus Blue Caps, Wanderléa, Cleide Alves, Pedro Paulo, José Roberto, Leno e outros. São de sua autoria canções extraordinárias como "Chuva de Prata", interpretada por Gal Costa, "Aguenta Coração" gravada por José Augusto, "Pede a Ela" cantada por Tim Maia, "Aparências" gravada por Márcio Greyck, "O Pensamento Vai Mais Longe" interpretada pelos The Fevers, entre outras tantas mais, o que mostra que é grande a relação de ídolos que gravaram suas composições.


Ainda nos anos 80 Ed Wilson enveredou para o universo da música gospel e em 1985 a gravadora Copacabana lançou seu primeiro álbum religioso "Chuvas de Bençãos". Em 1988 ele produziu o álbum da cantora Kátia Cilene, lançado pela gravadora RGE, disco em que faz dueto com Kátia na música "Quero Seu Amor Prá Mim", versão de Carlos Colla do original gravado por Neil Sedaka. Em 1992 foi contratado pela Line Records, quando gravou os álbuns "Te Amo Tanto", "Minha Estrada", "Uma Força no Ar" e outro em espanhol, "Mi Ruta", versão do álbum "Minha Estrada", enveredando para o mercado latino, entre outros trabalhos na linha gospel.

Ed Wilson foi um dos mais importantes integrantes do grupo "The Originals". E em 2005, Miguel teve a idéia de reunir ex-integrantes das três maiores bandas da fase Jovem Guarda, ou sej, The Fevers, Renato e Seus Blue Caps e Os Incríveis para formar um grupo e reviver os grandes sucessos da época. A formação inicial contou com Miguel, Pedrinho, Cleudir e Almir (The Fevers), Ed Wilson (Blue Cpas), Netinho e Nenê (Os Incríveis): o sucesso foi imediato. Mas, como quase sempre acontece em todos os grupos, é difícil manter sempre os mesmos integrantes e, assim, ocorreram algumas mudanças.

O cantor e compositor Ed Wilson esteve internado no Hospital Sã Lucas, em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde lutou contra um câncer que o abateu em apenas seis meses. Conforme nota do Hospital, à época, Ed Wilson era portador de cardiopatia e doença neoplásica, vindo a falecer por choque séptico. Seu corpo foi velado na Capela 6, do Cemitério São João Batista, em Botafogo. Ed Wilson morava no Leblon e deixou viúva e filhos.

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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

ANTES DE SER FÁBIO JÚNIOR USOU OS PSEUDÔNIMOS DE "UNCLE JACK" E "MARK DAVIS".

"In My Song" foi uma música que Fábio Júnior gravou, em 1971 com o álter-ego americano de Uncle Jack.
A faixa musical que completava o primeiro CS (compacto simples), ainda com o pseudônimo de Uncle Jack, foi a canção inglêsa "My Baby".
Em 1975, Fábio Júnior com o seu segundo pseudônimo, então, Mark Davis, grava "Don´t Let Me Cry".


Fábio Correa Ayrosa Galvão, conhecido artisticamente como Fábio Júnior ou Fábio Jr, nasceu em São Paulo, no dia 21 de novembro de 1953. É um cantor de música popular romântica e um ator brasileiro. Já desempenhou vários papéis como protagonista em novelas da Rede Globo. Está sem fazer novelas desde 1998, quando seu último trabalho foi na novela "Corpo Dourado".

CARREIRA PROFISSIONAL:

Começou na música tocando com os irmãos em grupos como "Os Colegiais", "Os Namorados", "Bossa 4" e "Arco-Íris" e, mais tarde, em 1971, se lançou em carreira solo gravando canções em inglês, usando, inicialmente, o álter-ego americano de Uncle Jack com o qual gravou um Compacto simples. Logo trocou o pseudônimo para Mark Davis, este teve como hit a canção "Don´t Let Me Cry", graado em 1973. Neste mesmo ano Fábio Júnior, com o álter-ego de Uncle Jack, grava um CS (compacto simples) com o cantor Pete Dunaway, que interpreta "I´ll Be Fine", no lado "A" do disco e no lado "B", Uncle Jack faz dueto com Pete Dunaway na canção "In My Song".

Depois adotou o pseudônimo de Fábio Júnior para não ser confundido com o ator Flávio Galvão e comelou a apresentar, ao lado do cantor Sílvio Brito, o programa "Hallelluyah", na extinta TV Tupi.

A televisão foi um meio fundamental para a carreira de Fábio Júnior, que o tornou conhecido e famoso em todo o Brasil. Gravou seu primeiro compacto como Fábio Júnior, em 1975. No ano seguinte participou de sua primeira novela "Despedida de Casado", que foi censurada. Sua estréia na tela pequena se deu na novela "Nina", mas uniu seus dois talentos em um caso especial chamado "Ciranda, Cirandinha", exibido pela Rede Globo, que acabou se tornando série. No episódio "Toma Que o Filho é Teu" lançou a música "Pai", que inspirou a novela "Pai Herói", em 1979. Até hoje esta sua canção é a mais emblemática.

Em 1980 atuou pela única vez no cinema no filme "Bye, Bye, Brasil", com direção de Cacá Diegues. Já na música seu primeiro LP (Long Play) foi lançado em 1981, mas Fábio Júnior não abandonou a carreira de ator, trabalhando nas novelas "Cabocla", em 1979, "Água Viva", em 1980, "O Amor é Nosso" em 1981 e "Louco Amor", em 1983, todas na Rede Globo. Em 1983 gravou seu primeiro especial para a TV ("Nunca Deixe de Sonhar") e, a partir daí, passou a se dedicar exclusivamente à carreira de cantor, cuja tradição em baladas românticas já haviam lhe dado o epiteto de sucessor de Roberto Carlos.

O casamento com a atriz Glória Pires (garantindo o papel de "casal perfeito", que os levou a representar "Romeu e Julieta" em um especial de televisão) também garantiu os holofotes necessários ao cantor. Em 1982 nascia a sua primeira filha, a também atriz Cléo Pires. Em 1985 voltou à TV com a novela "Roque Santeiro" e trocou a gravadora Som Livre pela CBS. Na nova gravadora passou a dedicar-se especialmente à sua carreira cantando em castelhano, que culminou, em 1987, quando ganhara o prêmio "Antorcha de Plata" (Tocha de Prata) no festival chileno de Viña del Mar. Nesse mesmo ano gravou a canção "Sem Limites Prá Sonhar" com a cantora britânica Bonnie Tyler, que cantava a parte da letra em inglês.

Fábio Júnior, além de pai da atriz Cléo Pires, fruto do casamento com a atriz Glória Pires, é pai também de Krizia, Tainá e Felipe Galvão do casamento com Cristina Karthalian. Teve um casamento relâmpago com a atriz Patrícia de Sabrit, que durou apenas três meses. /casou-se pela sexta vez, no dia 1° de setembro de 2007, com a modelo Mari Alexandre.

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terça-feira, 11 de novembro de 2014

SÉRGIO REIS COMEÇOU CANTANDO COM O PSEUDÔNIMO DE JOHNNY JOHNSON

Sérgio Reis, depois de ter trocado o álter-ego americano de Johnny Johnson, gravou a música "Qual a Razão", em 1967, que consta do mesmo disco em vinil do seu primeiro sucesso: "Coração de Papel".

"Lana" foi uma das músicas que constou do segundo CD simples, em vinil, do cantor Sérgio Reis, lançado em 1962.


"Porque Sou Bobo Assim" (Part of a Fool) é o outro rock que completa o segundo CD simples de Sérgio Reis, gravado no ano de 1962.

"Coração de Papel", este do seu terceiro disco em vinil, um CD duplo, lançado em 1967, foi seu grande sucesso no tempo da Jovem Guarda.

Sérgio Reis Basini, nascido no dia 23 de junho de 1940, começou cantando rock com o pseudônimo de Johnny Johnson, em 1961, quando gravou seu primeiro CD simples (uma canção de cada lado do disco), ainda em vinil, com as canções "Enganadora" e "Será" Em seguida juntou-se aos integrantes da Jovem Guarda, quando, em 1962, gravou o segundo CD simples com os rock "Lana" e "Porque Sou Bobo Assim". Mas só obteve sucesso e se tornou nacionalmente conhecido com a balada rock "Coração de Papel", gravado em 1967, e que deu nome ao CD duplo (duas canções de cada lado do disco), contendo, ainda, as músicas "Nuvem Branquinha, "Fim de Sonho" e "Qual a Razão".

Na década de 70 mudou radicalmente o direcionamento de sua carreira, tornando-se um dos maiores e mais conhecidos nomes da música sertaneja. Neste segmento já vendeu milhões de discos e fez centenas de shows por ano.  Gravo, em 1973, o disco "Sérgio Reis" com os sucessos como "Menino da Porteira" e "Eu Sei Que Vai Chegar a Hora". Abriu espaço para a música sertaneja nas emissoras de Rádio FMs com interpretações como "Pinga Ni Mim", "Panela Velha", "Peão de Boiadeiro", entre outras. Atuou em diversas produções cinematográficas e diversas novelas temáticas ruralista, como "Paraíso" e "Rei do Gado" (Rede Globo) e "Pantanal", na TV Manchete. Em 2000 lançou uma caixa de cinco CDs (já na era do digital) em que recapitula sua carreira. Hoje Sérgio Reis, que ajudou muitos das novas duplas sertanejas a se lançar, é um dos recordistas em vendagem de discos do Brasil.

Hoje pode-se afirmar que Johnny Johnson, ou melhor Sérgio Reis, é dono de uma das carreiras artísticas mais respeitadas e bem sucedidas do Brasil com dezenas de milhões de discos, entre vinil e digital, vendidos no Brasil e em muitos outros países. E tudo, praticamente começou em 1967 com o sucesso alcançado com a balada rock "Coração de Papel" e desde então tem sido um frequentador assíduo das paradas de sucesso.

Assim Johnny Johnson não é nada mais do que o pseudônimo americanizado adotado pelo cantor sertanejo Sérgio Reis que, em 1962, sem ter decolado para o sucesso, tendo iniciado a sua trajetória em 1961, por sugestão do compositor Teddy Vieira, abandonou o álter-ego americano.

Depois de cantar "Saudades da Minha Terra" e "Chico Mineiro" num programa d TV, Sérgio Reis contou como decidiu gravar "Menino da Porteira". O cantor disse que no início de sua carreira o compositor Teddy Vieira pediu para que ele trocasse seu nome artístico Johnny Johnson para Sérgio Reis, usando, assim, o sobrenome materno. Quando Sérgio Reis foi a um baile de debutantes, como contou, e viu o salão inteiro cantando "Menino da Porteira", de autoria do amigo Teddy Vieira, foi que decidiu regravar a música, que acabou se tornando num dos seus maiores sucessos e até mesmo uma marca na sua carreira.

Assim, desde 1967, ano do lançamento do seu primeiro sucesso "Coração de Papel", Sérgio Reis fazia parte da turma de cantores que integravam a chamada Jovem Guarda.

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