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sábado, 22 de novembro de 2014

LENY EVERSONG: A PRIMEIRA BRASILEIRA A FAZER SUCESSO NOS STATES SÓ COMO CANTORA

Linda música gravada por Leny Everson, em 1956. Neste vídeo, a brasileira Leny Eversong canta nos EUA, no programa "Sing", em 1957. A música Hezebel" foi a de maior sucesso de sua carreira.
El Cumbachero - Linda música gravada por Leny Eversong em 1956, uma cantora pouca conhecida no Brasil que fez muito sucesso em outros países. E aqui, no especial norte-americano " Sing " de 1957.
"Smile", aqui na voz da brasileira Leny Eversong, foi interpretada por grandes cantores como Nat King Cole, Avril Lavigne, entre tantos e tantos mais, é uma composição de Charles Chaplin e foi tema do seu filme "Modern Times".
"Kalamazoo" - Um dos primeiros discos gravados por Leny Eversong na era do Swing! Esta música composta e gravada por Glenn Miller foi sucesso em 1942, Leny gravou para a gravadora Columbia do Brasil em abril de 1943, com o maestro Anthony Sergi (Totó) e sua orquestra.
"Facination": esta também é uma música gravada pelos maiores cantores e cantoras internacionais. No Brasil, além de Leny Eversong, também a "pimentinha" Elis Regina gravou e fez enorme sucesso.
"Carina", uma canção que Leny Everson canta em  italiano e em português, mostrando, assim =, a sua versatilidade e facilidade em cantar em outras línguas.

Leny Eversong
Hilda Campos Soares da Silva (Santos 1° de setembro de 1920 - São Paulo, 29 de abril de 1984), artisticamente conhecida pelo pseudônimo Leny Eversong, foi uma cantora brasileira famosa pela sua voz potente e por cantar em inglês e francês.
Foi contratada pela R[adio Clube de Santos depois de participar de um programa de calouros infantil, quando tinha 12 anos. Especializou-se em foxes norte-americanos, e, em meados da década de 30, quando foi contratada pela Rádio Atlântica, adotou o nome artístico Leny Eversong, passando a cantar apenas em inglês.
Por volta de 1937, mudou-se para São Paulo, onde trabalhou como "crooner" em boates e cassinos. Teve passagens por diversas emissoras de rádio paulistas e excursionou pela Argentina. Nos anos 50 voltou a cantar músicas brasileiras, e gravou LPs, cantando em vários idiomas. Seu maior sucesso foi o fox "Jezebel" (Shanklin), gravado pela primeira vez em 1952. No final da década excursionou pelos Estados Unidos, onde gravou "Leny Eversong na América do Norte", acompanhada pela Orquestra de Neal Heafti.
Até o final dos anos 60, realizou oito temporadas só em Las Vegas. Gravou em 78 rpm na Continental e na era do LP na Copacabana ("A Voz de Leny Eversong", "Em Foco" e "Ritmo Fascinante") e na RGE ("A Fabulosa", "A Internacional" etc). Nos anos 60, participou de uma montagem da "Ópera dos Três Vinténs", de Bertold Brecht, e depois de um show no Canecão, no Rio.
Muito gorda, com os cabelos oxigenados e uma voz potente de contralto mas com bom alcance nos agudos, ela nunca chegou a ter, no Brasil, a popularidade de uma Dalva de Oliveira ou Ângela Maria. No entanto, Leny impactava as platéias com suas interpretações em vários idiomas.
Foi na segunda metade dos anos 50 que Leny viveu o auge de sua carreira. Foi capa das principais publicações brasileiras e trazia a tiracolo uma invejável agenda internacional – incluindo Las Vegas, Nova York e Paris –, cantando em grandes teatros e cassinos. "Leny foi a primeira brasileira a cantar em Las Vegas apenas por suas qualidades de cantora. A Carmen Miranda foi um caso extraordinário, porque foi para lá depois de fazer cinema. A Leny não. Foi sem filme, sem nada, cantando em inglês", compara a cantora Carminha Mascarenhas.
O maestro Daniel Salinas, que a acompanhou em turnês por Las Vegas e Nova York, é testemunha do estrondoso sucesso que a cantora fez ao redor do mundo, onde quer que se apresentasse. "Ela fez temporadas em Las Vegas, Nova Ypork e Paris, no México e em países das Américas Central e do Sul. Mesmo em lugares em que não era tão conhecida, como a Venezuela, ela tinha um potencial tão fabuloso que, quando cantava, arrasava. Era aplaudida de pé. Naquela época, quase não tinha brasileiro de sucesso fora do país. Pena que ninguém lembre mais dela", lamenta o maestro. Ele afirma que Leny teve a chance de gravar com os melhores músicos, nos melhores estúdios e com arranjos de grandes maestros. "Ela fez tudo que um artista sonharia fazer". De fato, ela gravou nos anos 50 um LP na Coral com a orquestra de Neal Hefti e, na Vogue francesa, um com a de Pierre Dorsey.
Embora os letreiros dos cassinos de Las Vegas a enfocassem como cantora brasileira, muitas vezes ela era vendida como cantora americana, pois apesar de até o final dos anos 50 não falar uma palavra de inglês, cantava sem sotaque graças a seu ótimo ouvido. O cantor Luiz Vieira lembra-se de ouví-la falar dessas armações, às gargalhadas. "A Leny era maravilhosa, de uma humildade e uma simplicidade incríveis. Ela me contava os seus micos do modo mais natural. Ela podia não ter um nível de cultura dos mais lisonjeiros, mas era inteligente demais. Quando ela ia para a Argentina, por exemplo, o empresário dela dizia: ‘Não abra a boca com a imprensa’. Então, só falavam com o empresário. E ela só falava yes, ok, all right. Ela contava isso com muita graça".
Até o final dos anos 60, sua carreira ia bem. Leny participou da primeira montagem brasileira da Òpera dos Três Vinténs, de Brecht, em São Paulo, e de alguns festivais da canção, além de continuar com suas turnês americanas. Mas no início dos 70, começaram as dores de cabeça. Seu marido saiu para comprar cigarros (literalmente) e nunca mais voltou. Foi seqüestrado e desapareceu. Isso marcou tanto a sua vida que todos os artistas entrevistados para essa reportagem fizeram menção ao fato. "Ela ficou quase louca quando o marido sumiu", lembra Luiz Vieira. A cantor Adelaide Chiozzo diz que chegou a consolá-la. Mas o maior apoio à cantora foi dado pelo amigo Agnaldo Rayol. "Quando o marido dela sumiu, ela ficou dias hospedada no meu sítio, em Itapecerica da Serra. Estava muito nervosa. Ela estava meio desencontrada, perdida e eu disse: Venha passar uns dias comigo. Batíamos muito papo. Já nessa época, ela se sentia meio injustiçada, esquecida".
Em 1970, afastou-se da vida artística, aparecendo esporadicamente em programas de televisão e eventos. Mesmo sendo uma figura tão interessante e única no estilo, ela morreu em 1984, no total ostracismo, aos 64 anos, vítima de diabetes.

Contatos via e-mail: la-stampa@ig.com.br

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

TONY STEVENS OU JESSÉ TEVE SUA CARREIRA CONSAGRADA COM A MÚSICA "PORTO SOLIDÃO".

Jessé em início de carreira com o pseudônimo de Tony Stevens, interpretando "Flaying High".
"If You Could Remember" foi outro sucesso de Jessé ainda com o pseudônimo de Tony Stevens, ambas gravadas num CS (compacto simples, em vinil).
"Porto Solidão" foi a música que marcou definitivamente sua carreira de cantor, apesar de ter nos deixado ainda jovem, após acidente automobilístico.
Nessa canção "Voa Liberdade" Jessé mostra todo o sei inigualável potencial de voz, bem como a extensão vocal.


O cantor e compositor Jessé Florentino Santos nasceu em Niterói e foi criado em Brasília. Mudou-se para São Paulo, e atuou como "crooner" em boates. Depois, integrou os grupos "Corrente de Força" e "Placa Luminosa", animando bailes por todo o Brasil. Ainda nos anos 70, também chegou a gravar em inglês com o pseudônimo de Tony Stevens, onde fez bastante sucesso com as musicas "Flying High" e "If I Could Remember", música essa que foi regravada com versão em português por Flavio Venturini e Caetano Veloso, entrando até como tema de novelas. Essa música pode ser encontrada no disco "Hits of Brazil", do extinto selo SBT Records. Foi revelado ao grande público em 1980, no Festival MPB Shell, da Rede Globo, com a música "Porto Solidão" (Zeca Bahia/ Ginko), seu maior sucesso, ganhando prêmio de melhor intérprete.

No outro ano, o Jessé, já famoso, chegou a participar do mesmo concurso, e acabou ganhando novamente como Melhor Intérprete, mas com a música "Estrela Reticente", que é uma de suas melhores músicas, onde ele conseguiu mostrar todo o seu potencial de voz.
 Em 1983, ganhou o XII Festival da Canção Organização (ou Televisão Ibero-Americana) (OTI) realizado em Washington, com os prêmios: Melhor intérprete - Melhor canção e Melhor arranjo para "Estrelas de Papel" (Jessé/ Elifas Andreato).
De voz muito potente, no decorrer de sua carreira Jessé gravou 12 discos (com os álbuns duplos "O Sorriso ao Pé da Escada" e "Sobre Todas as Coisas"), mas nunca conseguiu os louros da crítica especializada. Morreu aos 41 anos, no dia 29 de Março de 1993, na santa casa de Ourinhos (SP), após permanecer em coma profundo desde o dia 27, quando sofreu um grave acidente na Rodovia Raposo Tavares, na altura do quilômetro 486, entre os municípios de Assis e Paraguaçu Paulista. No mesmo acidente também estava a esposa do Jessé, a Rosana Kozzer, que estava grávida de três meses chegou a sobreviver, mas perdeu a criança.
Uma imagem aérea do local do acidente foi feita pelo fã Felipe Alves, usando o programa Google Earth, e mostra o local exato do Triste Acidente. Os órgãos do cantor Jessé foram doados, e seu sepultamento foi no dia 30 de março de 1993, quando reuniu familiares e centenas de fãs.
Contatos via e-mail: la-stampa@ig.com.br 

domingo, 16 de novembro de 2014

TONY ANGELI, UM ITALIANO QUE VEIO FAZER SUCESSO NO BRASIL

"Cuando Me Enamoro" ou "Quando M´Innamoro" foi um dos sucesso de Tony Angeli quando ainda cantava em Montevideo, no Uruguai e depois aqui no Brasil.
"Funiculi, Funicula", tradicional tarantela italiana, foi outro sucesso na interpretação do italiano Tony Angeli.

Tony Angeli, nesta vídeo, interpreta grandes sucessos, como "La Lontananza", "Volare", "Quando M´innamoro" e "Arrivederci Roma".
"Canzone Per Te", sucesso de Roberto Carlos no Festival de San Remo, em 1968, também é interpretado pelo italianíssimo Tony Angeli.

Tony Angeli nasceu na "comune de Rosa", província de Vicenza, no Norte da Itália, onde também deu seus primeiros passos e acordes na arte de cantar e representar. Com apenas 11 anos de idade, Tony Angeli se apresentou pela primeira vez cantando num festival infantil. Após a apresentação Tony Angeli disse que jamais subiria num palco novamente, pois, por se tratar de sua primeira apresentação a ansiedade e a timidez tomaram conta do adolescente cantor.

Ainda adolescente Tony Angeli veio para a América do Sul e seu primeiro destino foi a capital uruguaia, Montevideo, onde passou a se apresentar como "crooner" de orquestra de baile à época.Um fato interessante é que nessa época Tony mostrou que seu talento não era apenas com a música, tornado-se também jogador de futebol profissional no Uruguai.
Tony Angeli, no Uruguai, andava entre o palco e os gramados. Aqui uma das fotos de Tony (no centro entre os agachados).
Lá mesmo gravou seu primeiro disco que o tornou conhecido nos principais países da América Latina, entre eles a Argentina, Chile, Peru, México e Venezuela, lugares onde conquistou fãs e fez muito sucesso devido as grandes colônias de imigrantes e descendentes italianos nesses países.


Tony Angeli já fez parte de eventos conhecidos como "Galas Manzanares", "Discodromo Show", "Torneo de Otoña! e "Programa Jovem" Antes disso, começo do "Álbum de Verano", onde começou com Sílvia Marú e José Maria. Em seguida foi colocado entre os primeiros para os festivais "Festivais In da Canion", em Balneários. Finalizando o evento em Parque Del Plata, o produtos Juan Carlos Solá, obteve um contrato para Tony Angeli em Buenos Aires, onde passou a fazer parte do Grupo "Los Nuevos Del Nueve", espécie de réplica do "Club Del Clan". Depois, em companhia de "Los Cuatro Brillantes" passou para o Peru.

Em 1964, através da gravadora, Tony Angeli foi convidado para vir ao Brasil se apresentar em programas de televisão, sendo o principal o Jovem Guarda, na TV Record, comandado pelo Roberto Carlos, onde Tony era apresentado com grande sucesso nas tardes de domingos. E também fez apresentações no programa do Palhaço Bozo.

Com a gravação de seus discos, então sendo feita no Brasil, Tony Angeli foi contratado pela extinta TV Excelsior, ficando lá durante cinco anos, sempre gravado e divulgando a música italiana, o que o tornou o "maior representante da música italiana no Brasil".

Tony Angeli praticava esportes para manter a forma, entre eles o ciclismo. Certa vez convidou Cidinha Santos para um passeio de bicicleta, seguido de um piquenique. Logo a imprensa falava sobre um possível namoro entre Tony e Cidinha. Mas tudo não passou de fofoca. Cidinha respondeu: "Tony Angeli é meu amigo. Um sujeito formidável. Fico lisonjeada quando me convidam para uma festa ou mesmo um piquenique, que é mais um passeio. Eles me tratam como irmã, gosto disso. Quando eu namorar, há de ser para casar".


Curiosamente um outro programa de televisão despontava nas tardes de domingo, só que agora pela TV Globo, esse programa comandado por Silvio Santos, chamava-se "Os Galãs Cantam e Dançam aos Domingos", onde Tony Angeli era a atração principal, interpretando músicas italianas românticas. Depois disso participou como jurado nos programas de Silvio Santos, então já no SBT, televisão do Sílvio Santos. Com sua fama de galã era convidado para Bailes de Debutantes.

Em 1966 um comercial de TV tinha um trecho da canção "In Itália". O público gostou tanto da canção que passou a procurá-la nas casas de discos, sem resultado. Afinal, nunca havia sido gravada. Ao saber disso Tony Angeli resolveu colocar a bela canção no CD (compacto duplo), que estourou nas paradas de sucesso> foi recordista de vendas.

Em seus shows, Tony Angeli, interpreta os grandes sucessos da música italiana, como: Roberta, All Di La, Dio Come Ti Amo, O Mio Signore, Vollare, Sole Mio, Caruso, Legata a un Granello di Sabia, Dio Come Ti Amo, Una Casa in Cima el Mondo e tantos outros sucessos que marcaram a época de ouro da música italiana no Brasil.

Além do ciclismo e do futebol, Tony Angeli era fâ do esporte de caça submarina. Esporte que ele mesmo afirma: "O mergulho e a caça submarina a entrar em um mundo diferente, cheio de emoções fortes e de belezas". Além dos esportes, Tony tem talento com vinhos. Em sua casa tem uma variada adega com diferentes tipos de vinhos, os quais ele mesmo faz, e às vezes conta com a presença do seu amigo Sérgio Reis para a produção.

Suas apresentações costumam durar mais de uma hora e contam também com piadas e brincadeiras com os que estão presentes à festa e ele não fica restrito ao polco, vai junto da massa de público ou dos presentes em festas. No decorrer da sua carreira criou um público que lhe é fiel até hoje. E ainda hoje continua fazendo apresentações em festas comemorativas italianas e em viagens marítimas.
O jornalista e cronista social Xico Júnior, presidente do Clube dos Amigos de Capão da Canoa, o cantor Tony Angeli e o promotor musical Juan Alberto Rossi, nosso anfitrião em sua casa de Capão da Canoas, nos anos 90.

Seu show é uma ótima sugestão para bailes de casais, noites típicas, festas italianas,  viagens marítimas, entre outras.

Contatos via e-mail: la-stampa@ig.com.br